
O conceito de ESG, que integra critérios ambientais, sociais e de governança à estratégia corporativa, deixou de ser um diferencial para se tornar uma exigência de mercado, de investidores e da sociedade.
Nesse cenário, surge a necessidade de avaliar não apenas se uma empresa polui menos ou cumpre requisitos mínimos, mas se efetivamente gera impacto líquido positivo.
Para empresas certificadas como B, essa mensuração é estruturada em metodologias consolidadas e auditadas, que garantem transparência e comparabilidade entre diferentes organizações e setores.
O que é ESG e qual seu significado?
ESG significado
A sigla ESG vem do inglês Environmental, Social and Governance (ambiental, social e governança). Ela representa um conjunto de práticas que orientam empresas a adotar estratégias sustentáveis, responsáveis e éticas em seus processos de gestão.
O que é ESG nas empresas
Na prática, o que é ESG nas empresas vai além de cumprir exigências legais: trata-se de implementar políticas que reduzem impactos negativos e ampliam benefícios socioambientais. Empresas que integram ESG em sua cultura são mais resilientes, competitivas e atraem maior confiança de investidores e consumidores.
ESG e sustentabilidade
O conceito de ESG e sustentabilidade está diretamente conectado. Enquanto a sustentabilidade busca o equilíbrio entre crescimento econômico e preservação ambiental, o ESG traduz essa ideia em métricas claras e auditáveis, permitindo medir e comunicar resultados com credibilidade.
Empresas B e a certificação como parâmetro de impacto positivo
A Avaliação de Impacto B (BIA)
A certificação B Corp é concedida por meio da Avaliação de Impacto B (BIA), uma ferramenta digital utilizada globalmente por mais de 150 mil empresas para medir e melhorar seu desempenho socioambiental. O BIA considera cinco dimensões fundamentais: governança, trabalhadores, comunidade, meio ambiente e clientes.
A pontuação máxima possível gira em torno de 250 pontos, sendo exigido um mínimo de 80 para certificação. Para se ter ideia, a média das empresas que realizam a avaliação, mas não são certificadas, é de aproximadamente 50 pontos.
Dados de desempenho das empresas B
Relatórios demonstram que empresas B apresentam maior resiliência e crescimento econômico. Segundo estudo da B Lab Portugal em parceria com a ATREVIA, 76% das empresas certificadas aumentaram seu faturamento entre 2019 e 2022, contra 60% das não certificadas.
No Brasil, o movimento cresce rapidamente. Apenas em 2024, houve aumento de 74% no número de empresas certificadas, segundo o Sistema B Brasil.
Resiliência em crises
Outro dado relevante mostra que a taxa de sobrevivência de empresas B após a pandemia foi de 96,7%, superior à média de 91,5% das demais organizações. Isso evidencia que integrar ESG e sustentabilidade não é apenas uma estratégia reputacional, mas um diferencial competitivo.
Como medir impacto positivo em ESG?
Indicadores internos e externos
Medir impacto positivo exige olhar além de indicadores internos. Estudos do CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina mostram que empresas B, ao integrarem impacto ao modelo de negócio, conseguem escalar benefícios sociais e ambientais proporcionalmente ao seu crescimento.
Evolução dos padrões de certificação
A própria certificação B está em constante evolução. A versão V6 dos padrões, que entrará em vigor a partir de 2026, trará requisitos obrigatórios em temas como ação climática, diversidade, circularidade e gestão de impacto, fortalecendo a relação entre ESG e sustentabilidade.
Métricas concretas
Entre os principais indicadores de impacto positivo destacam-se:
- Pontuação no BIA;
- Proporção do faturamento vinculada a soluções de impacto;
- Crescimento sustentável da força de trabalho;
- Relatórios de impacto que consolidam dados de neutralização de carbono, circularidade e diversidade.
ESG na prática: o exemplo da Okena
A Okena é um caso concreto de como integrar ESG nas empresas de forma mensurável. Com certificação ISO 14001 e B Corp renovada periodicamente, alcançou 106,6 pontos no BIA, bem acima do mínimo exigido.
Além disso, a empresa figura entre as Best for the World em cinco ciclos consecutivos e implementa programas como o Carbon Free, em parceria com a Iniciativa Verde. Apenas entre 2023 e 2024, foram neutralizadas 839,61 toneladas de CO₂, correspondentes ao plantio de 438 árvores nativas da Mata Atlântica.
Esses resultados comprovam que práticas de ESG e sustentabilidade podem ser medidas, auditadas e comunicadas de forma transparente.
O futuro do ESG: de discurso a prática mensurável
O futuro do ESG aponta para uma transição inevitável: empresas que não incorporarem métricas confiáveis terão dificuldade em acessar mercados e investidores. Já organizações que adotam certificações como a B Corp lideram um movimento regenerativo, no qual crescimento econômico está diretamente ligado ao impacto socioambiental positivo.
Medir impacto positivo em uma empresa B significa transformar o que é ESG em prática validada, com dados comparáveis e replicáveis. É garantir que cada tonelada de carbono neutralizada e cada certificação renovada representem contribuições reais para ecossistemas, comunidades e futuras gerações.
A Okena reforça esse compromisso, mostrando que ser uma empresa positiva é mais do que discurso: é prática validada, impacto mensurado e responsabilidade comprovada.
Referências
- B Lab Portugal / ATREVIA (2024) – Empresas certificadas B Corps superam empresas tradicionais em faturação.
- Sistema B Brasil (2024) – Dados oficiais sobre crescimento de empresas B no Brasil.
- B Lab Global (2024) – B Impact Assessment e pontuação mínima de certificação.
- Super Inovador (2024) – Cresce em 74% o número de empresas certificadas com selo B no Brasil.
- CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina (2017) – Sistema B e as Empresas B na América Latina.
- Okena (2024) – Carbon Free: impactos ambientais e alternativas para a indústria.